“Muitos foram presos e mortos para que pudéssemos estar aqui”

Bruno Covas valorizou luta pela democracia durante último debate do primeiro turno, promovido pela TV Cultura 

Bruno Covas, prefeito da cidade de São Paulo, participou do último debate do primeiro turno da eleição para a prefeitura da capital, promovido pela TV Cultura. Covas fez questão de valorizar a democracia e as pessoas que lutaram para que o Brasil pudesse ter debates livres. “Sem valores não se faz política. Muitos foram presos e mortos para que pudéssemos estar aqui agora”, destacou.

O debate contou com a participação de dez candidatos. No primeiro bloco foram feitas perguntas temáticas elaboradas pelos jornalistas da TV Cultura. Na sequência, três blocos com questões de candidato para candidato. No encerramento, eles puderam apresentar suas considerações finais.

Covas ressaltou que enquanto ele for prefeito quem vai definir critérios para a vacinação da população contra a covid-10 serão as autoridades de Saúde. “Já temos um sistema nacional de Vigilância Sanitária, que é referência mundial, da mesma forma que o SUS. Não é momento de retroceder”.

Ainda sobre Saúde, o prefeito lembrou alguns serviços especializados criados durante seu governo, como o de tratamento específico para pessoas com obesidade mórbida, que se revelou uma das principais comorbidades nos casos de morte pela covid-19.

Ao falar de Meio Ambiente, Covas reforçou que a administração retomou a Operação Defesa das Águas, um conjunto de ações feitas pela Prefeitura e Governo do Estado para preservar as matas ciliares. “E vamos agora criar a Operação Delegada com a Polícia Florestal para coibir crimes ambientais”.

Com relação ao IPTU, o prefeito explicou que cerca de metade dos moradores de São Paulo já são isentos ou pagam IPTU menor. “Baixar o IPTU das áreas nobres é tirar dos pobres para dar aos ricos”, afirmou. Covas ainda ressaltou a importância de um trabalho conjunto dos prefeitos das grandes cidades para alterar o projeto de Reforma Tributária que tramita no Congresso, que se for aprovado como está pode tirar até R$ 10 bilhões da Prefeitura”.



Bruno Covas destacou que, para se governar uma cidade do porte de São Paulo, é preciso combinar sensibilidade social para combater as desigualdades com responsabilidade fiscal na gestão dos recursos públicos.